Se a internet sumir, sua empresa sobrevive (mesmo às duras penas)? A Visa net não…

Se somos tão dependentes de tecnologia, por que muitas empresas não se protegem? A Visa Net já investe nisso há muitos anos.

Adoro filmes sobre xadrez, mesmo os que têm como ator principal alguém com menos expressões que o Ben Affleck. Em Face a Face com o Inimigo, de 1992, o protagonista Christopher Lambert cita o livro do grande enxadrista Anton Berger.

Fonte: IMDB

Logo nas primeiras linhas, Berger apresenta os três pilares para se jogar xadrez: “cuidadosamente, cuidadosamente, cuidadosamente”. O original é carefully, que também significa cautelosamente.

Olhando as infraestruturas de TI de muitas organizações que visito ou conheço, penso em dar este livro para cada um de seus gestores. Pensa-se e planeja-se com muito pouco cuidado, aparentemente, na relação custo-benefício de se investir em equipamentos, pessoas e processos a fim de se evitar a interrupção do uso da tecnologia de informação no seu dia a dia. Há organizações que dependem 100% de suas operações no funcionamento da rede e de sistemas e o orçamento para manutenção e ampliação da infraestrutura é quase medíocre.

Nós nos acostumamos tanto à tecnologia que é inconcebível um mundo sem ela. Ou sem água na torneira. Ou sem poder acender a luz quando chegamos a casa. Mas é possível.

E aí, vem a pergunta título deste post: se a internet (ou a rede) sumir, sua empresa sobrevive?

Quando faço essa pergunta em aula, muitos respondem assertivamente: não! Aproveito e provoco: então quer dizer que, se a internet pifar, você vai ter que mudar de ramo? A Google, por exemplo, terá que fazer outra coisa. A esmagadora maioria das vendas da Amazon vêm de seu site e aplicativo. Toda a operação da Fedex depende de dados que estão online. Aliás, nossas contas bancárias também… Se tecnologia de informação, como você sabe quanto você tem no banco? (Para alguns, no vermelho, essa seria uma boa notícia, né?)

Rick Knight, líder de operações e engenharia da Visa mundial, diz que “muitos nos veem como uma instituição financeiras, mas a rede é a marca”. Neste artigo da Fast Company, ele apresenta os detalhes (permitidos) da operação da gigante administradora de cartões de crédito e débito que registrou mais de 8.000 transações por segundo em 2022. Por segundo!

O segredo do sucesso? Cautela, cuidado. Um dos riscos óbvios são os ataques externos de hackers. A rede de transações é isolada das demais. Ou seja, quando hackers atacaram o site corporativo da Visa em 2010, não houve dano à operação.

Mais um ponto de cuidado: capacidade. Imagine uma pane nas “maquininhas” de qualquer bandeira numa véspera de Natal… Para a Visa, é uma questão primordial ser confiável. Para garantir isso, a operação trabalha em 50% de sua capacidade… nesses dias de pico. E regularmente são testados cenários em que o sistema é exigido ao extremo. Só para ver o que acontece… A gente teve uma ideia logo no primeiro jogo da Copa das Confederações em 2013, quando os celulares não funcionaram dentro dos estádios… Lembrem-se de que as pessoas esperam que a internet funcione da mesma forma que o Sol nasça de manhã!

Um caso bem mais recente e assustador foi o “Apagão Cibernético”  de 2024, causado pela falha no CrowdStrike, software usado por bilhões de computadores em todo mundo. Metrôs, aeroportos, bancos, hospitais e milhares de outros segmentos simplesmente tiveram que parar suas operações porque ninguém conseguia acessar seus dados. Houve quem falasse que era um grande ataque hacker, mas o problema estava dentro de casa.

O terceiro ponto é proteção. No caso da Visa Net, além de o mega centro de dados ter backup, ambos são fortes o suficiente para aguentar terremotos, tornados e enchentes. Os geradores de energia têm também seus backups. Até uma política anti-antraz eles têm: cartas e pacotes físicos são vistos em um prédio à parte.

 Quem acha um pouco exagerado, pense em quantas vezes seu trabalho foi travado porque “a rede caiu”. Ou nos momentos de retrabalho após a perda de um pen drive. Ou no desespero ao ter seu celular roubado ou esquecido em algum lugar.

Além disso, uma coisa é a manutenção dos dados. Outra é a disponibilidade dos sistemas. No caso da Visa, ambas são as preocupações. Na sua empresa, os dados podem até ser bem guardadinhos… Mas se raramente estão disponíveis, algo está errado.

Na minha época, apesar de antiquado e analógico, era mais fácil. Perdeu a carteira de motorista? Íamos ao poupa tempo. Rasgou a foto do ex, mas voltou com ele? Na minha época, a gente procurava o negativo. Alguém disse que você não pagou uma conta? Era só procurar o boleto com a autenticação mecânica. (Agora me senti beeeem antiquada….)

Hoje, se você perde o celular ou o computador, também é fácil: está tudo na nuvem.

Mas… e se a nuvem falhar? Quando está tudo digitalizado e online, quem toma conta?

As empresas são cada vez mais dependentes de tecnologia para tocar o dia a dia. Você já se perguntou quais os cuidados que seu banco toma? Ou o hospital onde você foi internado? Ou a escola onde você estudou? E se você precisar do seu histórico daqui a 10 anos? Quem terá?

Quanto maior a dependência da tecnologia, maior a necessidade de cuidado, de cautela. Em que nível de dependência você e sua empresa estão? E como está sua infraestrutura?

Se somos tão dependentes de tecnologia, por que muitas empresas não se protegem? A Visa Net já investe nisso há muitos anos.
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