Pra que você usa a informação?

Nunca tivemos tanto acesso à informação. Mas fazemos algo com ela? Estamos melhorando? Ou estamos deixando passar uma grande oportunidade?

Nunca tivemos tanto acesso a dados e informações como hoje. Quer lembrar qual a escalação da seleção brasileira na Copa de 1994? É só colocar no Google. Não sabe o que significa a palavra serendipity? Google nela. Está em casa e quer saber seu saldo? É só entrar no aplicativo de seu banco.

A Inteligência Artificial melhorou (ou piorou?) ainda mais. Hoje, pedimos para nosso “assistente” (ChatGPT, Copilot ou qualquer outro…) escrever e-mails, criar apresentação de produtos e até gerar ideias. Bom, né?

Talvez não.

Herbert Alexander Simon, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 1978, já enxergava há quase 50 anos o poder dessa avalanche de informações disponível. Mas também percebeu que a “riqueza de informação gera pobreza de atenção”. Se temos acesso a tanto, por que não somos mais inteligentes? Se há tantos dados nas organizações, por que muitas delas ainda sofrem com perdas, altos custos e resultados ruins?

Vamos deixar de lado a tecnologia por um momento. Difícil, né? Mas necessário. Você já se perguntou hoje: o que eu faço com a informação que recebo? Pra que ela serve?

As empresas também passam – ou deveriam passar – por este questionamento. Antes de pensarmos em Tecnologia de Informação, precisamos saber o que pretendemos fazer com a informação que ela processará. E, antes disso, precisamos conhecer como e onde ela é gerada.

A enorme maioria dos dados de uma organização é produzida pelo nível operacional da empresa. São chamados de transacionais. Uma compra no supermercado, um depósito bancário, uma nota de aluno preenchida no sistema são exemplos de dados (transações) gerados pelos funcionários que tocam a operação da organização.

Para o gestor, esses dados não servem para muita coisa, a não ser para alguma consulta específica. Dificilmente o gerente de um supermercado olhará a compra de um cliente isoladamente – exceto se houver algum problema (de novo) operacional.

Quando este gestor analisa os dados de vendas da semana, por exemplo, pode verificar quais os produtos que venderam mais ou menos, o que deve ou não ser reposto etc. Com esta análise, os dados estão sendo transformados em informações. Se ele junta várias informações como essas, pode inferir se sua unidade está indo bem ou não. Ao sintetizá-las, ele produz conhecimento.

Repare que, independente dos termos usados, nosso gestor está utilizando dados, informações e conhecimentos única e exclusivamente para gerenciar sua unidade. O uso deles, então, não é mais operacional. É gerencial. É tático.

Vamos imaginar que este supermercado tenha apenas uma unidade e que seu dono esteja pensando em expandir os negócios. Para tomar a decisão, precisará coletar dados por um período e juntá-las com dados externos (como demanda, por exemplo). Repare que o uso da informação não é mais operacional ou tática. É estratégica.

Para algumas empresas, o uso da informação é mais do que estratégica: ela transforma o negócio. É o caso das instituições financeiras.

Os bancos eram lugares onde se guardava dinheiro. Era um meio seguro de armazenar suas riquezas. E hoje? Os bancos são guardadores de… informações! Ao contrário do Banco do Hogwarts (não resisto ao Harry Potter…), não existe um cofre com seu nome ou número. Existe apenas uma linha no banco de dados que atesta o que você “tem” ou deixa de “ter”.

Os bancos evoluíram no uso da informação. No caixa eletrônico, se estivermos no vermelho, veremos a oferta de “crédito pré-aprovado”. Se estivermos no azul, aparecerá uma campanha de “títulos de capitalização”.

Isso não é por acaso. É para fazer novos negócios. É para aumentar a competitividade do banco e o relacionamento de seus clientes com ele. Reparem, então, que esse uso é transformacional. O mesmo ocorre com as empresas de comércio eletrônico. Lembrem-se de que a Amazon nunca comercializou um livro por vias “analógicas”.

Uma empresa que usa as informações estrategicamente também as usa de forma tática e operacional. Saber quais estão em cada grupo pode nos ajudar a planejar o uso da tecnologia de informação necessária para cada uma delas. Mas veremos isso em outro post…

Enquanto isso, ficam as dúvidas: vocês sabem pra que usam as informações? E por que usam?

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